PEDRO MIWA

“... As rosas não falam, simplesmente exalam o perfume que roubam de ti...”

ROSAS, SÍMBOLOS DO ETERNO AMOR

ㅤㅤPor frases como a desta canção de Cartola, fica claro que as rosas são admiradas como uma das mais belas flores que há, indiscutivelmente é raro que alguém fique indiferente à beleza e a dualidade que envolve esta flor, com pétalas delicadas como o veludo e espinhos pungentes como adagas.
ㅤㅤEssas jóias da natureza são cultivadas há tanto tempo pelo homem e são tantas variedades que quase dispensam descrição. No entanto, existem novidades que são lançadas ano após ano no mercado através das mãos habilidosas dos cultivadores e das modernas técnicas de hibridação e produção. Dentre as rosas de corte (aquelas usadas em buquês) destacam-se as variedades: – Colombiana marcada por um vermelho intenso, pétalas espessas e aveludadas, e botões muito grandes; – Carolla, prima menor da Colombiana que possui características semelhantes; – Black prince, de um tom vermelho escuro como se possuísse as bordas negras. As rosas de corte são variedades que compõe belos arranjos florais para ocasiões românticas, sendo o seu uso em jardins pouco recomendado por se tratar de “rosas antigas”. Quanto às variedades de rosas para jardim destacam-se: – as “modernas arbustivas”, “trepadeiras” e “miniaturas”. São exemplares de grande efeito visual, sendo que alguns ostentam perfume, a palheta de cores é vasta com todos os tons de rosa, variados amarelos, laranjas e vermelhos, branco cândido, lilases e mesclados. As rosas em jardins combinam melhor com estilos arquitetônicos mais românticos como o Inglês, o Normando, o Provençal, o Rústico e o Campestre. O uso de rosas em jardins de estilos arquitetônicos mais arrojados como o Moderno e o Contemporâneo, pode ficar destoante com exceção de alguma espécie miniatura ou arbustiva contrastando com folhagens verdes como a murta e o podocarpo, desde que utilizadas com parcimônia e de preferência em tons de vermelho ou branco.

ㅤㅤA origem das rosas cultivadas remonta à antiga China, onde há muito já se cultivava a espécie “Rosa chinensis ou Rosa indica”, sendo que já neste período remoto foram registradas as primeiras mutações miniaturas. Tendo como base a rosa chinesa e a “Rosa rulettii” a maioria das variedades miniatura se originou, e subseqüentemente com o cruzamento destas com as rosas híbridas de chá e as rosas floribundas que muitas outras variedades surgiram dando origem à linhagem das rosas cultivadas.

ㅤㅤAs rosas podem ser agrupadas em várias categorias, de acordo com a forma de crescimento, entre as quais: – rosas antigas, rosas modernas arbustivas, trepadeiras, rasteiras e miniaturas.

Em linhas gerais consideram-se:

  • Rosas antigas, são aquelas plantas com crescimento muito vertical, com poucos ramos e grandes flores nas extremidades, em geral são as variedades utilizadas nas produções de botões para ramalhetes;
  • Rosas modernas arbustivas, são exemplares que descendem do cruzamento de vários tipos selvagens de rosa e que acabaram por originar plantas mais baixas e com ramos abundantes, produtoras de profusa floração de tamanho delicado;
  • Rosas trepadeiras, são exemplares que derivam de mutações que apresentam caules com pouca lignina, que faz com que estes sejam flexíveis e longos ideais para a condução por arcos e treliças. São plantas com crescimento robusto que com podas adequadas cobrem grandes extensões e produzem floração deslumbrante;
  • Rosas rasteiras, são plantas que crescem de modo rastejante, contudo não apresentam crescimento vertical acentuado e por isso diferindo das rosas trepadeiras. Seu uso mais freqüente é o pendente em floreiras e muros de pedra;
  • Rosas miniatura, obtidas por hibridações e seleção genética, nesse ultimo grupo, figura a maioria das rosas cultivadas em vasos, floreiras e jardins, pela facilidade de cultivo e pelo efeito visual provocado pelos arbustos densos em flor.