PEDRO MIWA

A HARMONIA DAS CORES

O sentido humano da visão é extraordinário para perceber cores e sutis diferenças de matizes, nuances e contrastes; por esta razão é muito importante estar atento à escolha das cores que irão compor as paisagens e os jardins, com objetivo de criar cenas e planos visuais harmônicos e que agradem aos olhos e alimentem a alma.

As cores que vemos são o produto da reflexão da luz branca do Sol nos diversos objetos que estão ao redor. Cada objeto absorve e reflete uma diferente porção do espectro de luz o que resulta em diferentes cores; um objeto preto é assim porque absorve toda luz e não reflete nada, por outro lado, algo branco reflete toda luz que recebe e não a absorve; as demais cores estão no meio deste processo.

Escolha de cores é algo muito pessoal e variável de uma cultura para outra, por isso sempre existirá uma diferença muito grande entre o que agrada esta ou aquela pessoa. Mais importante que impor as cores que devem ser utilizadas nos projetos paisagísticos é ouvir o gosto pessoal de cada um e procurar harmonizar as cores de sua preferência com a arquitetura do local e a paisagem a ser criada. Os chineses, por exemplo, gostam muito do vermelho, cor que para eles representa a vida e boas energias; o amarelo no Japão é considerada cor do imperador e está relacionada com a sorte; o azul é tido como cor positiva aqui no Brasil enquanto que para os ingleses é tida como cor da tristeza, Brasil:  Tudo azul = tudo bem; UK: “ I´m felling blue”  = Estou triste. Algumas cores têm sentido quase universal como o verde que por vários povos é tido como cor da esperança e o branco tido como símbolo de pureza e paz.